Balanço Global de SIP
O balanço que faço das Unidades Curriculares de SIP IV e V é bastante positivo.
Começando com as aulas, é pena ser só 2 horas por semana. Tendo em conta que é das unidades curriculares que valem mais créditos e que mais trabalho tem deveriam aumentar a carga horária. No entanto, as tutorias e o apoio via e-mail prestado pela docente ajudou a equilibrar essas poucas horas semanais. Quando à minha postura na aula, considero que foi sempre a mais adequada. Estive (quase) sempre presente e cheguei sempre pontualmente. Nas aulas estive atenta e interessada e demonstrei respeito pelos meus colegas. Participei sempre que achei necessário e quando tinha incertezas sobre algo, por isso nunca sai da aula com dúvidas. As actividades que fomos fazendo, mais relativamente no início do 2ºSemestre, sobre a avaliação de projectos foram muito uteis para depois conseguirmos pôr em prática a avaliação do nosso projecto e, sobretudo saber fazer questionários de avaliação com escalas e critérios correctos, visto que caso isso não acontecesse teríamos tido muito mais dificuldade em “ler” e analisar os resultados do projecto/actividade. (nota quantitativa - 18)
As apresentações sobre teses de mestrado em ciências da educação e projectos inovadores foram também muito interessantes para termos consciência do que podemos fazer nesta área e qual a estrutura do relatório exigida para tal (que no fundo não diverge muito da estrutura do relatório que estamos a realizar).
Considero que o que mais me despertou interesse e curiosidade foram alguns convidados que tivemos o privilégio de conhecer, durante as aulas, que falaram do seu percurso académico e também profissional. É esperançoso para nós enquanto (quase) licenciados em Ciências da Educação saber que há mercado de trabalho (diversificado) na nossa área.
Um aspecto muito positivo que guardo destas aulas foi a proximidade professor-aluno. A professora sempre nos pôs à vontade para colocar as nossas dúvidas e falar sobre as nossas decisões futuras. Isso revelou uma preocupação sobre o nosso percurso pós-licenciatura que nem todos os professores mostram ter. Gostei particularmente da aula onde duas colegas apresentaram mestrados que poderíamos prosseguir com a nossa licenciatura.
Em relação ao portefólio sinto que tive uma grande evolução do 1ºSemestre para o 2º. No 1º Semestre, realizava os diários de aula e de campo por ser uma componente de avaliação obrigatória, enquanto no 2ºSemestre, talvez por ser apenas exigido fazer os diários de campo, fui fazendo por gosto. Ao longo das semanas os diários foram simbolizando o meu percurso pessoal e académico. Como é notório no portefólio, fui abordando temáticas subjacentes não só a SIP e à instituição que estou, como a temáticas abordadas na licenciatura. No fundo todas as temáticas são transversais a todas as unidades curriculares. Em relação ao meu desempenho e dedicação a esta componente de avaliação estou mais que satisfeita. Fui fazendo os diários semanalmente e tive em conta as críticas construtivas dadas pela docente: que deveria ser mais reflexiva e não só descritiva! À medida que ia fazendo os diários ia-me questionando sobre o que aconteceu, sobre o que senti e sobre as competências que fui adquirindo. Tentei também, sempre que achei adequado, referir autores para complementar o diário de campo. Em suma, sinto que com o portefólio criei um espaço, mais do que trabalho, um espaço de partilha que reflecte o meu caminho pessoal e académico ao longo deste último ano da licenciatura. (nota quantitativa - 18)
Por último, o trabalho de campo que desenvolvi na instituição foi igualmente importante e gratificante. A Quinta pedagógica dos Olivais é das melhores instituições para desenvolver um projecto. A abertura, autonomia e liberdade que nos deram no 1ºSemestre quanto à escolha do projecto foi encorajadora. O projecto que eu e o meu grupo desenvolvemos pode não ter tido muito impacto na instituição, mas teve em mim. Praticamente não tenho aspectos negativos a mencionar sobre o desenvolvimento do projecto, sobre o desenvolvimento da Oficina da Criatividade. Correu tal como planificado, e os resultados que esperava ficaram muito além das minhas expectativas. Todos os participantes conseguiram fazer um desenho efectivamente criativo. E era esse o grande objectivo do projecto: valorizar as capacidades criativas e emocionais dos participantes em contextos de educação não-formal. Talvez o único ponto menos positivo que aponte foi o nosso trabalho em equipa, mas foi algo que foi melhorando de semana para semana com comunicação e entreajuda. Mas é com as dificuldades que aprendemos e superamos desafios, por isso este ponto menos bom ajudou-me a adquirir outras competências futuramente utilizadas em contexto de trabalho, como a gestão de conflitos, resolução de problemas. E acima de tudo, encarar o conflito como algo positivo, no sentido de ultrapassar obstáculos. (nota quantitativa - 17)
Concluindo este balanço, e tendo em conta as aulas, o portefólio e o trabalho de campo, sinto que esta unidade curricular me ajudou a adquirir competências novas ou a melhorar outras, tais como:
- A capacidade de me adaptar a imprevistos;
- Aprendi a gerir conflitos e a tentar solucioná-los;
- Capacidade de liderar um grupo;
- Respeitar o outro;
- Sentido de responsabilidade;
- Organização;
- Espírito de equipa;
- Ser objectiva;
- Ser mais reflexiva, espirito critico e de questionamento;
- Melhorei a minha comunicação – linguagem adequada e cuidada perante o público da “Oficina da Criatividade” e também apresentações à turma (aulas).
- Capacidade de integrar e motivar um grupo;
- Consciência Ambiental;
- Saber realizar um projecto – ter em conta todas as etapas (diagnostico, planificação, implementação, avaliação e divulgação)
- Rigor científico na elaboração de um relatório;
- Saber fazer questionários de avaliação e escalas correctas;
- Usar a ferramenta Excel;
- Análise e interpretação de dados;
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