Comparação: Um modo de produzir Educação.
Data: 06/05/2015 (cerca de 7h na instituição)
Objectivos: Analisar os gráficos da 1ºActividade da “Oficina da Criatividade”; Construir os gráficos da 2ª e 3ªActividade da “Oficina da Criatividade”
Intervenientes: Mariana e Xana.
E já estamos em Maio. Falta um mês para acabar o ano. Para acabar a licenciatura. Tenho a noção que estes cinco meses passaram rapidíssimo, a voar mesmo. Parece que 2014 foi ainda ontem, quando era Dezembro e estava a tentar arranjar um projecto que fosse exequível e útil para implementar no segundo semestre. E o segundo semestre já está quase a terminar. Estamos na recta final.
Como continuidade ao que fizemos a semana passada, hoje continuamos com a construção e análise dos gráficos. A Ana começou a analisar os gráficos da actividade 1, e eu e a Xana hoje acrescentamos mais uns aspectos importantes como por exemplo antes da apresentação dos gráficos fazer uma pequena explicação da actividade e das várias etapas da mesma. Depois construímos os gráficos da actividade 2 e 3.
Já estou muito habituada a trabalhar com a Xana e ambas sabemos o que é que cada uma faz melhor ou prefere fazer, por isso quando se trata de trabalhar em Excel normalmente é a Xana que fica com essa parte. É uma maneira mais rápida de trabalhar, cada uma fica com a parte que tem mais jeito, mas também não é muito boa. Reparei que não sabia funcionar assim tão bem com o Excel como era suposto, e como me vai ser exigido saber futuramente a nível profissional e também no mestrado, portanto hoje a Xana esteve-me a ajudar e a ensinar a trabalhar em Excel. Foi muito útil e é mais uma técnica que estou a adquirir. Demorou um pouco mais tempo a construção dos gráficos da 2ªActividade pois também estive a explorar as várias funcionalidades do Excel, mas rapidamente apanhei o jeito e continuei a fazer os gráficos da 3ªActividade. Sem dúvida que hoje desenvolvi a competência de trabalho autónomo e de exploração.
“ O Excel é um programa de software que lhe permite criar tabelas e calcular e analisar dados. Este tipo de software é denominado software de folha de cálculo. O Excel permite-lhe criar tabelas que calculam automaticamente os totais de valores numéricos introduzidos, imprimir tabelas em esquemas atractivos e criar gráficos simples.”
Deixo aqui um tutorial de iniciação ao Excel que encontrei: www.youtube.com/watch?v=QFuJ9E90tqk
Com todos os gráficos das três actividades feitos, agora falta só (o só é relativo, depois ainda falta fazer a analise longitudinal e as conclusões)analisar os gráficos da 2ª e da 3ª. A Ana amanhã como vai à instituição vai aproveitar para começar a analisar os resultados da 2ªActividade e tal como a semana passada caso haja alguma coisa a acrescentar ou alterar faremos as três para a próxima semana.
Quando acabámos o "trabalho de escritório" eu e a Xana aproveitámos para passear pela nossa instituição e aproveitar o bom tempo de hoje e também a vista da nossa instituição. Reflectimos sobre todo o nosso percurso na instituição e como tivemos sorte em ter escolhido esta instituição para realizar o trabalho de campo. Pelo que me apercebo nas aulas de SIPV alguns grupos tiveram alguma dificuldade na escolha do projecto ou na implementação do mesmo e a verdade é que a nossa instituição sempre nos deu imensa abertura tanto sobre a escolha do projecto (actividade) como na ajuda para a implementação do mesmo.
A Estatística e a Educação é uma grande temática das Ciências da Educação. É de referir que, tal como Economia da Educação o semestre passado, a unidade curricular de Educação Comparada está-me a surpreender e a interessar bastante. Para além de estar enriquecer a minha cultura geral estou também a aprender conteúdos importantes para a minha futura vida profissional. Interpretar gráficos ou mapas não é assim tão fácil como parece, como a professora Ana Isabel Madeira diz “Os mapas contam a história de um País”, “ Aquilo que é aparente mente. O que é essencial é invisível ao olhar.” António Nóvoa (2009) refere que hoje em dia é preciso estar consciente dos limites de nossas interpretações, das fragilidades de nossos enquadramentos teóricos e conceituais. A Educação Comparada usa o método de comparação científica: Áreas das ciências da educação (Sociologia, Economia da Educação, TICS, Historia da Educação. Currículo, Formação, etc.): Todas estas áreas estão na Educação Comparada.
“A educação comparada deve olhar o mundo como um texto, procurando compreender de que forma os discursos fazem parte dos poderem que unem e dividem os homens e as sociedades, como eles desencadeiam situações de dependência e lógicas de discriminação, de que forma constroem maneiras de pensar e de agir que definem nossas relações com o saber e com a investigação” (Derderian, Shapiro; citado por Nóvoa, 2009: 52).
Neste sentido, Comparação é o modo de excelência de produzir Educação.
Tanto a disciplina Economia da Educação como Educação Comparada, tive conhecimento de alguns Organismos nacionais e programas de avaliação do desempenho dos sistemas educativos e de regulação das políticas a nível global.
Por exemplo numa das aulas de SIPV tivemos o privilégio de receber o Dr. Bernardo Gaivão, da fundação Manuel dos Santos, (ver diário de campo “Quase tudo preparado!”), que nos explicou um pouco do trabalho desenvolvido na PORDATA..
“A PORDATA dá corpo a uma das prioridades da Fundação: recolha, organização, sistematização e divulgação da informação sobre múltiplas áreas da sociedade, para Portugal, municípios e países europeus. As estatísticas divulgadas são provenientes de fontes oficiais e certificadas, com competências de produção de informação nas áreas respectivas. O esforço da Fundação consiste em recolher e organizar a informação disponível, tornando-a o mais possível clara e acessível. Acresce um trabalho importante na informação contextualizadora, a chamada “metainformação”, como parte indissociável dos dados, permitindo a sua adequada interpretação. A Fundação entende que assim presta um serviço público à sociedade portuguesa, a título gratuito e sem qualquer custo para o utilizador.”
“A Eurydice é uma rede europeia que colige e difunde informação comparada sobre as políticas e os sistemas educativos europeus, sob a forma de estudos e análises comparadas sobre várias temáticas nas áreas da Educação e Formação desde a Educação de Infância ao Ensino Superior.”
“O Instituto Nacional de Estatística, IP (INE) tem como missão produzir e divulgar informação estatística oficial de qualidade, promovendo a coordenação, o desenvolvimento e a divulgação da actividade estatística nacional.
A missão do INE é tanto mais exigente quanto sujeita a permanente evolução. Para se manter relevante, a informação estatística, enquanto retracto da realidade, tem de saber acompanhar as constantes mudanças a que essa realidade está sujeita, detectando novas necessidades, fazendo opções sobre o que, a cada momento, importa medir.
As operações estatísticas do Instituto são realizadas de acordo com padrões internacionalmente estabelecidos de forma a garantir a sua qualidade, sendo os seus resultados disponibilizados em simultâneo a toda a sociedade.
O INE delega em outras entidades nacionais parte da actividade estatística do País, assumindo o objectivo de promover a coordenação dessa actividade e de facilitar o acesso universal a toda a informação produzida.”
Enquanto futura licenciada em Ciências da Educação é importante saber que a Estatística é um dos grandes pilares da Educação, de produzir educação.
Para a semana vamos realizar a entrevista global, já fizemos o guião da entrevista há algum tempo, portanto vamos ter de rever o guião e ver se não queremos acrescentar nenhuma pergunta. A entrevista ficou marcada para dia 14 de Maio à tarde, dia que também temos tutoria marcada com a professora para nos dar feedback sobre a apresentação e análise dos resultados que temos estado a realizar.
Até para a semana!
Fontes:
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_cont_inst&ine_smenu.boui=13710675&INST=53864
https://www.dgeec.mec.pt/np4/54/
Bibliografia:
Nóvoa, António, “Modelos de análise em educação comparada: o campo e o mapa” in Donaldo Sousa e Silvia Martinez (orgs), Educação comparada: rotas de além-mar. São Paulo: Editora Xamã, 2009 [ed. Original: “Modèles d’analyse en éducation comparée: le champe t la carte”, Les Sciences de l’education pour l’Ère Nouvelle, nº2-3, 1995, pp.9-61).