Mãos à obra!
Datas: 25/02/2015 (cerca de 5h na instituição) e 26/02/2015 (Não fui à instituição - Aula de SIPV)
Objectivos: Construir o questionário de satisfação (avaliação externa); Confirmar os materiais disponíveis para a realização da actividade; Recolha de materiais.
Intervenientes: Mariana, Xana, Fernanda.
Hoje já é sexta, apesar de ter ido à instituição na Quarta-Feira (dia 25 de Fevereiro). Decidi de hoje em diante escrever os diários de campo à Sexta pois tenho o dia livre e visto que temos aula de SIPV na Quinta-Feira, há sempre coisas a reflectir e que se complementam com as idas à instituição. Por isso as Sextas serão dedicadas a Seminário, não só a escrita deste diário mas a todo o trabalho que temos de realizar para o nosso projecto e, consequentemente, para o relatório.
Como referi no último diário de campo, a semana passada foi dedicada aos instrumentos de avaliação e ontem na aula a professora conseguiu dar-nos feedback sobre os mesmos. Obviamente, houve alguns critérios que alterámos com esse feedback e também com a análise que fizemos na aula: Analisar a planificação, avaliação e resultados de avaliação de projectos de anos anteriores. Foi bastante interessante e produtivo pois pudemos analisar projectos/relatórios feitos anteriormente e perceber que a avaliação de um projecto é ainda mais complexo do que esperava.
Em relação ao questionário de auto-avaliação, o que tínhamos feito estava demasiado abstracto, por isso decidimos fazer uns indicadores mais específicos, por exemplo à pergunta “Os objectivos foram cumpridos?” temos mais do que um objectivo na nossa actividade, por isso em vez dessa pergunta colocámos cada objectivo e temos uma escala para cada.
No questionário de avaliação mista modificámos a escala, retiramos o “Não sei” e colocámos duas escalas negativas e duas positivas. Quando a semana passada analisamos os questionários que a nossa instituição fornecia sobre as actividades que realizava, na escala havia uma opção “Não sei” por isso decidimos colocar, mas visto que a professora disse que não havia razão de pôr tendo em conta que os professores e a Técnica estão presentes em toda a actividade têm de saber, por isso essa opção não fazia sentido.
Em relação ao questionário de satisfação dos participantes tínhamos decidido fazer a cartolina, que eu e a Xana realizamos na Quarta-feira, com uma opção “Gostei” ou “Não gostei” da actividade. Como sabemos, e como a professora referiu, isso é um pouco relativo e ficamos sem perceber ao certo do que as crianças gostaram ou não gostaram. Por isso, decidimos que vamos realizar uma outra cartolina com uma cara feliz e outra triste para complementar essa parte da avaliação de satisfação. Sendo assim, uma das cartolinas diz respeito à 3ªétapa da actividade, ou seja, da visita que vamos realizar à instituição, onde os participantes optam por escolher uma ovelha feliz para a opção “Gostei” ou um macaco triste caso não tenham gostado; a outra cartolina (que ainda vai ser realizada), diz respeito à 4ª e última etapa da actividade, ou seja à realização do desenho que as crianças vão fazer para ilustrar o passeio à instituição (= 3ª etapa), onde os participantes optam por escolher uma cara feliz caso tenham gostado dessa actividade, ou optam por uma cara triste caso não tenham gostado. E assim vai ser a nossa avaliação, a verdade é que não vamos ter muito detalhado (como observei em projectos anteriores) a parte da avaliação dos participantes mas é devido ao público-alvo que escolhemos para a actividade e não propriamente por “falta de trabalho”.
O guião da entrevista era algo que nos estava a suscitar bastantes dúvidas pois não sabíamos quem era suposto ser o entrevistado da mesma. A professora referiu que seria bom que a entrevista fosse feita ao nosso tutor, por isso começamos já a realizar o guião mas os objectivos gerais e específicos é sempre um entrave no guião e por isso após a escrita deste diário irei-me dedicar na elaboração dos objectivos.
Como foi referi anteriormente, fui à instituição na Quarta com a Xana. A Ana não foi porque não conseguiu o mesmo horário que nós, então no dia em que delineamos ir à instituição tem aulas até as 17h. Falámos com a professora também sobre este problema, até porque não podia haver outra pessoa que nos aconselhasse tanto como a professora e a experiência em gestão de conflitos que tem. A verdade é que o funcionamento do grupo não está a funcionar a 100%, mas creio que após a conversa que tivemos ontem no final da aula penso que vai melhorar. Assim sendo, a Ana vai à instituição na Quinta-Feira após a aula de SIPV, mas no mês de Abril que será o mês em que vamos realizar a nossa actividade/o nosso projecto na instituição vamos todas no mesmo dia – Quintas-Feiras - para programar a actividade.
Tínhamos estipulado na Quarta-Feira verificar os materiais que a instituição tinha e que podíamos utilizar na nossa actividade. “A área de actividades artísticas deve permitir que as crianças tenham um leque alargado de escolha de materiais para trabalhar (…) deve incluir todo o tipo de papéis, materiais de pintura e impressão, agrafadores, instrumentos para desenhar e cortar, e ainda materiais de moldar, modelar e colar.”(Hohmann e Weikart, 2011:195).
A Fernanda (técnica que nos vai acompanhar na actividade) acompanhou-nos até uma sala onde existiam alguns materiais e reparámos que a instituição dispunha de bastantes materiais como lápis, canetas, tesouras, etc. A única coisa que não tínhamos a certeza e que é de extrema importância para a realização da actividade era a tela/papel onde as crianças vão desenhar. A Fernanda disse que poderíamos usar umas folhas A3 e caso fosse preciso cortávamos a folha, mas o problema que detecto é que o papel não é suficientemente forte e tenho medo que depois as crianças ao colarem alguns materiais que encontrem pela instituição (por exemplo ramos, pedras) a folha não seja suficientemente forte para aguentar o peso desses materiais. Para não corrermos o risco disso acontecer na próxima ida à instituição vamos testar a “força” do papel. O objectivo desta última etapa da instituição é darmos liberdade às crianças para ilustrarem a visita que fizemos, esperando que as mesmas sejam criativas. A nossa ideia não é de todo corrigi-las nem impor regras nem propriamente técnicas de desenho, caso isso acontecesse não seria linear com o próprio nome da actividade: “Oficina da criatividade”.
Para além da verificação dos materiais existentes, realizamos também a primeira cartolina que será o primeiro instrumento de avaliação dos participantes (como expliquei em cima). Levei as imagens que correspondem ao “gostei” e “não gostei” e cortámos e plastificamos cada imagem. Reparei, mais uma vez, que criatividade é algo “que não me assiste” (nem à Xana!). Podíamos ter feito uma cartolina mais atractiva e com desenhos mais apelativos. Escrevemos na cartolina “Oficina da criatividade” e dividimos a cartolina em duas partes “Gostei” e “Não gostei”. Verifico que eu e a Xana deveríamos ter tido mais Oficinas da Criatividade na nossa infância!
No final colocámos tudo o que tínhamos feito num cantinho na sala onde trabalhamos quando lá vamos, já sinto que aquela sala me pertence um pouco.
As competências que desenvolvi esta semana foram:
- Recorri à metodologia de projecto para a construção dos instrumentos de avaliação;
- Apelei (ou tentei apelar) ao meu lado artistico para a elaboração do questionário de satisfação dos participantes.
Agora vou continuar a trabalhar no guião da entrevista para este fim-de-semana conseguirmos enviar tudo à professora.
Até para a semana!
Referências Bibliográficas:
HOHMANN, M. e WEIKART, D. P. (2011). Educar a Criança. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian