O significado da primeira actividade observada

Data da visita: 29/10/2014

Objectivos: Recolher dados para a caracterização da instituição; Assistir a uma actividade realizada na instituição.

Intervenientes: Ana; Mariana; Xana; o nosso tutor; técnica superior “instrutora” da actividade; turma do 1º ciclo em visita e dois professores.

 

Hoje foi a terceira ida à instituição, já está a entrar na minha rotina e quando penso em quarta-feira penso em ida à instituição.

Chegamos 15 minutos mais cedo e ainda deu tempo de descomprimir e ir beber um café num quiosque ao pé da instituição e relatar à Ana o que já tínhamos feito . Era a primeira vez que a Ana ia à instituição, reparei que estava ansiosa e agradecida por a termos aceite no nosso grupo de trabalho.

Já eram 14h e pouco e dirigimo-nos até à sala do nosso tutor para a Ana se apresentar pessoalmente, e para dizer que hoje tínhamos a ideia de assistir a uma actividade. Entre algumas actividades que iniciavam à mesma hora, decidimos então assistir à actividade “Farmácia rural”. Falamos previamente com a técnica que iria fazer a actividade, a Fernanda, que foi bastante simpática e pôs nos à vontade para observamos e participarmos na actividade.  

O grupo que participou na actividade “Farmácia rural” eram 24 alunos, do 1º ciclo. Ao longo da actividade lembrei-me de como eu era quando tinha a idade deles, e como era "fixe" ir a uma visita de estudo, sair do contexto de sala de aula fazia-me sentir uma liberdade diferente. Foi complicado aqueles alunos manterem-se atentos durante a hora e meia de actividade. A mesma consistia em mostrar plantas medicinais, confesso que aprendi imenso. Por exemplo, não sabia que a Lantana era eficaz para controlar os níveis de açúcar, que a Alfazema era boa para um banho relaxante, entre outros.  Fomos passeando pela instituição, e ao mesmo tempo que a Fernanda mostrava e explicava algumas plantas íamos também aproveitando para ver os animais. Era óbvio a área de interesse daquelas crianças – os animais prendiam muito mais a atenção do que as plantas.

Depois de darmos a volta à instituição, as crianças foram lanchar e depois fomos para a cozinha da instituição para fazermos um remédio para a tosse. O remédio era tão simples como espremer limão e juntar mel. As crianças estavam bastante interessadas e participaram também na actividade, no final todos provaram o remédio.

Quando o grupo de crianças se foi embora, eu e as minhas colegas ficamos a falar um pouco com a Fernanda e ela confessou-nos que ainda havia mais coisas para mostrar mas que o tempo é limitado. Parece que os grupos escolares chegam mesmo em cima da hora ou por vezes atrasados e depois têm pressa para ir embora, o que condiciona a actividade em si.

Antes de irmos embora, ainda falamos com o nosso tutor e referi  o facto de estarmos um pouco preocupadas por ainda não nos ter surgido nenhuma ideia quanto ao projecto que temos de realizar. O Paulo disse para não “stressamos” e para agora nos focarmos em conhecer a instituição e observar a dinâmica da mesma.

Hoje foi a primeira vez que me senti “dentro” da instituição. Sinto que as pessoas já sabem quem eu sou, e não me senti uma “estranha”.


 

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